A subfamília Byttnerioideae (Malvaceae) em um brejo de altitude no Alto Sertão paraibano
Main Authors: | COSTA, Francisco Carlos Pinheiro da, SOBREIRA, Fernanda Maria |
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Format: | info publication-preprint eJournal |
Bahasa: | por |
Terbitan: |
, 2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://zenodo.org/record/2542514 |
Daftar Isi:
- O Brejo de Boqueirão abrange os municípios de Cajazeiras e São José de Piranhas, Paraíba, e embora seja uma área prioritária para a conservação da biodiversidade, sua diversidade florística ainda é pouco conhecida. Além disso, a pressão antrópica sofrida tem desconfigurado sua paisagem natural dando lugar a monocultura. Um levantamento preliminar da área sugere Malvaceae Juss. como uma das famílias mais representativas, sendo um dos principais componentes dos estratos herbáceos e subarbustivo. Malvaceae compreende nove subfamílias, dentre elas Byttnerioideae Burnett que apresenta oito gêneros e 135 espécies no Brasil, caracterizada por possuir pétalas cuculadas. Diversas espécies desta subfamília apresentam comportamento ruderal, podendo ser comumente encontradas em áreas degradadas. Deste modo, este trabalho objetivou catalogar as espécies de Byttnerioideae, a fim de conhecer sua riqueza para a área de estudo assim como para a flora do Estado. As coletas ocorreram entre 2014 e 2018 através de excursões de campo, onde foram coletados espécimes férteis. O material coletado foi herborizado segundo técnicas usuais em taxonomia vegetal e identificado com o auxílio de bibliografias especializadas. Foram registradas até o momento sete espécies em dois gêneros de Byttnerioideae: Melochia betonicifolia A.St.-Hil., Melochia pyramidata L., Waltheria albicans Turcz., Waltheria indica L., Waltheria operculata Rose, Waltheria rotundifolia Schrank e Waltheria viscosissima A.St.-Hil. As espécies descritas neste estudo apresentam flores distílicas (exceto W. indica). Com exceção de M. betonicifolia, espécie endêmica da Caatinga, e W. rotundifolia, as demais estão amplamente distribuídas no território nacional. Na área de estudo verificou-se que a maioria das espécies está associada a ambientes perturbados. M. pyramidata, W. indica e W. operculata são as espécies mais abundantes, enquanto as demais ocorrem ocasionalmente. Estudos tais como o realizado no Brejo de Boqueirão são necessários para se conhecer a flora local, além de ser um instrumento para subsidiar medidas de conservação do ecossistema Caatinga.