O DESENVOLVIMENTO DOS RELATÓRIOS ESPONTÂNEOS DOS DISCENTES DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM A PRATICA EDUCATIVA DA PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL
Main Authors: | GEORGE TAWLINSON SOARES GADELHA, Mariana Pryscyla Silva de Morais, HENRIQUE CÉSAR DOS SANTOS COSTA, Mércia Vitoriano da Costa, Dannielly Daiany da Silva, Patrick Ramon Stafin Coquerel, Jônatas de França Barros |
---|---|
Format: | Proceeding poster Journal |
Terbitan: |
, 2017
|
Online Access: |
https://zenodo.org/record/3659367 |
Daftar Isi:
- INTRODUÇÃO: A Psicomotricidade Relacional (PR) propicia a interação com os objetos e entre os indivíduos envolvidos, sendo uma prática espontânea que se desenvolve por intermédio do jogo simbólico. OBJETIVO: Descrever os relatórios espontâneos de uma estudante nas aulas de Educação Física com a abordagem da PR. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de caso descritivo, tendo como sujeito de estudo uma discente da turma de 7° ano da Escola Municipal Professora Terezinha Paulino de Lima. Foram realizadas oito (8) sessões, com cinquenta (50) minutos de duração cada, uma (1) sessão por semana. As aulas se davam da seguinte forma: a) Ritual de entrada, onde eram apresentadas as regras do jogo; b) Jogo simbólico, onde ocorria o desenvolvimento do jogo propriamente dito; c) O ritual de saída, onde era discutido o que fora vivenciado na aula e descrito pelas vias do grafismo. Foi analisado os relatórios espontâneos da aluna, preenchidos imediatamente no final de cada uma das oito (8) aulas de Educação Física. Este estudo é um desdobramento de um projeto de pesquisa no Programa de Mestrado em Educação Física da UFRN, com parecer do Comitê de Ética protocolo CAAE: 53305216.7.0000.5537. RESULTADOS: Na aula de bola expressou: “é muito importante que nós venhamos aprender a nos relacionarmos com todos ao nosso redor, creio que esse projeto vai nos ajudar bastante. Estou gostando muito do começo dessa atividade, nossa primeira aula foi muito divertida, pois não apenas só “brincamos”, mas sim aprendemos a lidar com a diferença do outro e buscar ajudar cada um. Essa é a primeira de muitas diversões que estão por vir! ”. Na aula de bambolê mencionou: “a aula de hoje foi bastante diferente da nossa primeira aula, a primeira aula foi mais divertida, entretanto, essa segunda aula não deixou de ser também legal, apenas não tanto quanto a primeira. Mas, creio que cada aula nos trará proporções diferentes...”. Aula de corda: ausente. Na aula de bastão retratou: “Gostei um pouco dessa aula, porque as pessoas ficaram batendo umas nas outras e, por outro lado, pude pular “corda”, mas sendo que foi com “macarrão” (bastão). Na aula com material caixa relatou: “A aula de hoje foi divertida, porém aconteceu um incidente com um colega, porque desrespeitaram as regras. Gostei mais da nossa primeira aula, espero que, a cada aula haja inovação”. Na aula de tecido: ausente. Na aula de jornal: ausente, pois apresentou alergia ao material. Por fim, na aula com todos os materiais, exceto o jornal, a aluna explicitou: “Hoje foi a melhor aula de todas, essa aula superou as minhas expectativas, pois durante o projeto inteiro eu só tinha gostado da minha primeira aula. E hoje foi realmente legal. A melhor aula. Sem comparação! ”. CONCLUSÃO: Concluímos que a aluna teve uma relação melhor com o material bola, típico para a desinibição e, ao longo das outras aulas, os sentimentos vivenciados de forma espontânea mostraram a dificuldade dela em lidar com a agressividade pura e simbólica nas aulas centrais. Por fim, mostrou desenvoltura na última aula, que evocou a jogo com autonomia. Mesmo que tenha expressado maior apreço pela primeira e pela última aula, dentre as cinco (5) que participou, ela relatou de forma inteligível seus pensamentos, afetos e grafismo, em congruência com o processo de inclusão objetivado nas aulas de Educação Física analisadas.