A PERCEPÇÃO DA PRÁTICA EDUCATIVA DA PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL II: ESTUDO DE CASO
Main Authors: | Monica Giordana Francieli Blau Rodrigues, Mariana Pryscyla Silva de Morais, George Tawlinson Soares Gadelha, Ludmila Lucena Pereira Cabral, Elmir Henrique Silva Andrade, Fábio Henrique Costa de Oliveira, Mércia Vitoriano da Costa, Patrick Ramon Stafin Coquerel, Jônatas de França Barros |
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Format: | Proceeding poster Journal |
Terbitan: |
, 2017
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Online Access: |
https://zenodo.org/record/3659344 |
Daftar Isi:
- INTRODUÇÃO: A prática da Psicomotricidade Relacional (PR) e a interação com os materiais dispostos na sessão, são ferramentas de intervenção educacional que promovem a expressividade do indivíduo através do brincar, onde o jogo espontâneo é uma porta aberta para o imaginário. Recorrendo ao imaginário, o indivíduo pode expressar inconscientemente desejos, medos, dificuldades e necessidades, criando assim um ambiente propício para o enfrentamento e a superação de conflitos. Essa prática, está intimamente relacionada com a disponibilidade corporal, sendo uma atuação intencional que abrange através do movimento e do lúdico o que se passa no íntimo do indivíduo. Pode-se portanto, através dessa prática além de superar conflitos relacionais, gerar estímulos capazes de desenvolver o desejo de aprender, assim como evidenciar potencialidades e auto descobertas produzindo, consequentemente, um caminho para a autonomia. OBJETIVO: Interpretar o relatório espontâneo de um aluno do ensino fundamental II, das aulas de educação física que teve como prática educativa a Psicomotricidade Relacional. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de caso do tipo interpretativo, foram aplicadas três aulas com a prática educativa da PR nas aulas de educação física, numa turma de 6o ano da Escola Municipal Profa Terezinha Paulino de Lima. Fazendo parte de um projeto piloto de mestrado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. As aulas tiveram duração de 50 minutos cada, onde foram expostas as regras das atividades e ao final foi solicitado que os alunos reportassem num relatório espontâneo, suas impressões por meio do desenho e/ou da escrita. Para a coleta de dados foi escolhido um aluno do sexo masculino. RESULTADOS: Na primeira aula o material disposto foram bolas, o aluno em análise reportou que: “gostei muito dessa aula por que um professor que tinha aqui, ele não brincava ele era quieto e eu já vi que vocês “é”... divertido passa algo diferente ... e eu gostei muito da aula de vocês ... são muito “legal” brincamos muito”. Nesta fala percebemos que o aluno destaca a importância da disponibilidade corporal, quando compara o nível de divertimento na aula dos professores que aplicaram a PR com seu professor regente da turma, responsável pela disciplina Educação Física Escolar. Evidencia-se, portanto, que ao disponibilizar o corpo por intermédio do brincar, o professor cria um vínculo sensibilizando o aluno em questão, o qual expressou verbalmente sua satisfação. Durante a aula, o aluno vivenciou o jogo espontâneo com e sem a bola, com brincadeiras de disputa, confronto, afetividade e agressividade, formando relações pessoais e interpessoais, as quais desenvolvem um caminho para a construção do ser e sua autonomia. Na segunda aula o discente não compareceu. Na terceira aula, o aluno compareceu e o material desta vez foram caixas. Ele diz em seu relatório: “muito legal... gostei muito porque nunca brinquei dessa brincadeira ... primeira vez que eu brinco... gostei muito... é muito divertido”. Respectivamente percebemos que apesar das caixas serem objetos comuns, quando usadas como brinquedos, o imaginário às torna em algo mágico, onde se pode reviver a brincadeira e experimentá-la de diversas formas. CONCLUSÃO: Concluímos que o aluno reconheceu maior disponibilidade corporal nos professores do projeto, legitimando seu apreço em socializar-se com eles. Percebeu também o prazer de brincar nas aulas de educação física por intermédio do jogo simbólico, que estimulou seu imaginário, permitindo que ele pudesse sentir, viver e experimentar ludicamente uma simples caixa.